Capitalismo verde e transgressões: Amazônia no espelho de Caliban
Palavras-chave:
Capitalismo – Brasil, Geopolítica, Fronteiras (Brasil-Bolívia-Peru)Sinopse
Caliban, em “A tempestade”, de William Shakespeare, é um “escravo selvagem e disforme”, um “monstrengo” e filho da “repelente bruxa Sicorax”, da Argélia; e Próspero, ao contrário, é um “legítimo duque” de estirpe europeia. O poeta Roberto Retamar metaforizou a América através dos dois: Próspero é o “civilizado”, o colonizador; e Caliban é o “bárbaro” a ser vencido. Mas, com Retamar, Caliban resiste e luta contra todo tipo de colonialismo. Aprendemos a ser bárbaros com ele! Agora, neste livro, o “bárbaro” Elder se mistura a pueblos indígenas, ribeirinhos, camponeses e caboclos, entre transfronteiras de pedaços do Brasil (Acre), da Bolívia (Pando) e do Peru (Madre de Dios), e revela que nem todo ser Próspero é prosperidade de todos. Ao contrário, encarnando esta condição “bárbara”, Elder, em luta apaixonada, escancara que as palavras e as práticas de desenvolvimento (outra definição para prosperidade) ou desenvolvimento sustentável não se sustentam como relações de verdadeira autonomia.
1ª edição esgotada.
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